quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A importância da fé

5 Em um diálogo com os jovens, o presidente Ikeda afirmou: “Fé significa eterna esperança; é o segredo para um ilimitado
autodesenvolvimento. A fé é o princípio fundamental para o crescimento... A fé é um assunto de importância
fundamental para nós. Vocês poderão se tornar genuínos sucessores da Soka Gakkai ou grandes líderes do
século XXI somente se estabelecerem em sua vida uma sólida base de forte e inabalável fé. Tudo se resume unicamente
na fé. Ela contém a verdade, a coragem, a sabedoria e a boa sorte. Inclui também a benevolência e a
humanidade, bem como a paz, a cultura e a felicidade.” (Brasil Seikyo, edição no 1.484, 14 de novembro de 1998,
pág. 3.)
A palavra “fé”, escrita em caracteres chineses, tem dois significados: não enganar, isto é, ser autêntico; e não duvidar.
Miao-lo afirma: “O significado da fé integral é que, enquanto a razão é a mãe da fé, a fé é a mãe da prática.”
Assim, a fé no budismo é razão, opondo-se à irracionalidade. Tient’ai afirma: “Crer significa não ter dúvidas.”
Na escritura “Significado da Fé”, Nitiren Daishonin diz: “O que chamamos de fé não é nada extraordinário. Assim
como uma mulher estima seu marido, como um homem dá sua vida pela sua esposa, como os pais não abandonam
seus filhos, ou como uma criança se recusa a deixar sua mãe, da mesma maneira devemos depositar nossa
confiança no Sutra de Lótus, em Sakyamuni, em Taho e em todos os Budas e Bodhisattvas das dez direções, bem
como nos deuses celestiais e divindades benevolentes, e recitar Nam-myoho-rengue-kyo.” (As Escrituras de Nitiren
Daishonin [END], vol. 6, pág. 93.)
Com a sincera fé somos capazes de conquistar tudo. Por meio dela, devemos avançar dia a dia, construir um caminho
seguro, um alicerce sólido.
De toda forma, tendo abraçado o Gohonzon inscrito pelo Buda Original para a felicidade de toda a humanidade, é
de suma importância exercitarmo-nos diariamente na prática tanto individual como altruística para aprofundarmos a
fé, tal como afirma Daishonin na célebre frase de sua escritura “Resposta a Kyo’o”: ”Tudo depende da sua fé. Uma
espada será inútil nas mãos de um covarde. A poderosa espada do Sutra de Lótus deve ser manejada por alguém
corajoso na fé.” (END, vol. 1, pág. 276.)
Se nos empenharmos firmemente, com uma fé destemida, certamente poderemos conquistar a grandiosa vitória
na vida, superando todo o tipo de obstáculos e dificuldades e alcançar a felicidade absoluta. Assim, não teremos
nada do que nos arrepender no futuro.

No Budismo de Nitiren Daishonin a prática da fé é exercitada em meio à própria vida diária. Por isso, mantê-la sem
negligenciá-la não é uma tarefa fácil. Num diálogo com jovens o presidente Ikeda afirmou: “Talvez não haja nenhuma
prática mais difícil do que a da continuidade. Todavia, se desafiarmos para realizá-la um pouquinho mais a
cada dia, sem perceber teremos construído um caminho para a felicidade nas profundezas da nossa vida; teremos
construído um sólido dique que impedirá de sermos arrastados para a infelicidade.” (Brasil Seikyo, edição no
1.484, 14 de novembro de 1998, pág. 4.) Em outras palavras, o ponto fundamental para conquistarmos a verdadeira
felicidade está justamente na continuidade da prática da fé por meio do desafio diário de avançar mesmo que
seja um passo por vez.
Em uma de suas escrituras enviadas a Shijo Kingo, Daishonin afirma: “Muitas pessoas ouvem e abraçam este sutra,
mas quando assim o fazem, ocorrem dificuldades e somente um pouco delas podem continuar em sua fé. Aceitá-
la é fácil, mas mantê-la é difícil. Porém, a iluminação encontra-se no ato de mantê-la.” (As Escrituras de Nitiren
Daishonin [END], vol. 1, pág. 279.)
São várias as orientações que o presidente Ikeda vem dando com relação à importância da continuidade da prática,
certa vez ele disse que “o estabelecimento de uma fé resoluta que não vacila sob nenhuma circunstância é o
mais importante. Em outras palavras, o objetivo essencial da profunda fé é desenvolver uma fé inabalável e uma
personalidade sólida, bem como construir um modo de vida e uma conduta igualmente sólidos. Fundamentados
nessa base de fé inabalável, devem ser flexíveis com relação à maneira de empenhar-se para promover ainda
mais o Kossen-rufu, efetuando todas as espécies de atividades a fim de transformarem as dificuldades (veneno)
em fontes de crescimento (remédio)”.
E Nitiren Daishonin também afirma na escritura “Resposta ao Lorde Ueno”: “Atualmente, existem pessoas que têm
fé no Sutra de Lótus. Entretanto, alguns crêem como chamas ardentes, enquanto outros, como água corrente.
Quando os primeiros ouvem sobre o budismo, entusiasmam-se como o fogo, mas quando se afastam são dominados
pela mente disposta a abandonar a fé. ‘Como água corrente’ significa crer continuamente sem nunca retroceder.
Como o senhor freqüentemente tem me visitado independentemente das circunstâncias, sua fé é comparável
à água corrente. Quão digno de respeito!” (END, vol. 1, pág. 419.)
A analogia da prática da fé com “chamas ardentes” refere-se às pessoas que se entusiasmam com o budismo no
início mas logo esmorecem diante da realidade da vida diária. Em contrapartida, a fé de “água corrente” caracteriza-
se pela busca contínua do auto-aprimoramento por meio da recitação diária do Gongyo e do Daimoku e de ações
para aplicar o poder da oração nas questões do cotidiano. Portanto, a fé de “água corrente” é consolidada pelos
desafios da vida diária e manifesta-se no empenho em resolver as questões pessoais, como relacionamento
familiar, dificuldades econômicas ou de trabalho, dedicando-se ao mesmo tempo nas atividades da organização
em prol do Kossen-rufu.                                               Fonte:(Brasil Seikyo, edição nº 1666, 07/09/2002, página A6.)

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