quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Lumbini,o exato local do nascimento do Buda shakyamuni

Lumbini está localizada no distrito de Kapilavastu, no Nepal, próxima à fronteira com a India. É o local onde se diz ter a Rainha Mayadevi dado à luz Siddharta Gautama, aquele que, como Buda Shakyamuni, daria origem à tradição Budista. O Buda viveu por volta dos anos de 563 e 483 A.C. Lumbini é um dos quatro mais importantes destinos de peregrinações para os Budistas, segundo o próprio Buda, ao lado de Kushinagar, Bodh Gaya, e Sarnath.

Lumbini, o exato local do nascimento de Buda

Lumbini, o exato local do nascimento de Buda

Lumbini está localizada no sopé do Himalaia, 25 km a leste do município de Kapilavastu, onde se diz ter o Buda vivido até idade de 29 anos. Ali se encontram vários templos, entre os quais o Templo Mayadevi, e outros em construção. Ali também se encontram o Puskarini ou Lago Sagrado – onde a mãe do Buda realizou o ritual antes do seu nascimento e onde ele, também, tomou o seu primeiro banho – bem como as ruínas do Palácio de Kapilavastu.

Na época do Buda, Lumbini era um parque situado entre Kapilavastu e Devadaha. Nos dias de hoje, um pilar demarca o ponto da visita de Ashoka a Lumbini. De acordo com uma inscrição no pilar, ele foi colocado lá pelos encarregados do parque para comemorar a visita e a doação de Ashoka.

O lugar sagrado de Lumbini está cercado por uma extensa zona monástica, onde somente monastérios podem ser construídos; sem lojas, pontos de comércio, hotéis ou restaurantes. Divide-se em duas zonas monásticas, oriental e ocidental, sendo que na zona oriental se encontram os monastérios Theravada, e na ocidental se encontram os monastérios Mahayana e Vajrayana.

Naquele local sagrado também se encontram ruínas de antigos monastérios, uma sagrada árvore Bodhi, um antigo lago para banho, o pilar de Ashoka e o Templo Mayadevi; onde o preciso local do nascimento de Buda está demarcado. Das primeiras horas da manhã às últimas horas da tarde, peregrinos de vários países realizam cânticos em orações e meditação no local.

Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Inverno nunca falha em se tornar Primavera…

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“Aqueles que creem no Sutra de Lótus são como o inverno; o inverno nunca falha em se tornar primavera. Desde os tempos antigos jamais se ouviu que o inverno tenha se transformado em outono ou que um devoto do Sutra de Lótus tenha se transformado numa pessoa comum” — este é um dos mais famosos trechos dos escritos de Nitiren Daishonin que tem servido de alento para inúmeras pessoas superarem suas dificuldades na jornada da vida em direção à felicidade.

Esse trecho faz parte da carta escrita em 1275 para a monja leiga Myoiti que vivia em Kamakura. Era uma mulher instruída que havia perdido seu marido e enfrentava dificuldades para criar seus dois filhos. Nitiren Daishonin escreveu-lhe a fim de encorajá-la, afirmando que os seguidores do Sutra de Lótus vivem como se estivessem em meio a um inverno, mas que essa situação infalivelmente se transforma em primavera.

Quatro anos antes, Daishonin havia sido alvo da Perseguição de Tatsunokuti e fora exilado na Ilha de Sado. Esses fatos culminaram na cruel investida contra os seguidores de Daishonin em Kamakura. Entre eles, estavam Myoiti e o seu marido, que tiveram as terras confiscadas. No entanto, o casal persistiu resolutamente na prática da fé do Sutra de Lótus como genuínos discípulos.

Infelizmente, a morte do marido de Myoiti ocorreu antes de Daishonin ser libertado do exílio. A ela coube criar dois filhos, um dos quais estava doente. Ela própria se encontrava com a saúde extremamente debilitada. Mesmo em meio às circunstâncias tão adversas, ela continuou prestando um sincero apoio a Daishonin. Enviou, por exemplo, um serviçal para ajudá-lo durante a permanência dele tanto em Sado como em Minobu.

Ultrapassar o rigor do inverno

Para celebrarmos a chegada da primavera, precisamos antes ultrapassar o inverno. Do ponto de vista da prática budista, a conquista da felicidade é uma luta da transformação do carma e da superação de inúmeros desafios. As provações do rigor do inverno são necessárias para se alcançar uma brilhante primavera com base na fé.

O inverno se transforma em primavera, não em outono — eis um princípio imutável da natureza. Do mesmo modo, aqueles que praticam a Lei Mística atingirão o estado de Buda e não permanecerão no estado ilusório de mortal comum. Este é um princípio universal da vida.

O essencial é compreender que o que torna genuína a alegria da primavera é justamente o rigor do inverno que a precede. Somente quando superamos as provações do inverno por meio do poder da fé conseguimos desfrutar a primavera de triunfo.

Quando resistimos e superamos as dificuldades do inverno e saímos vitoriosos por meio da prática budista, podemos fazer com que as flores brilhantes da vitória se abram radiantes em nossa vida.

Se, em meio ao rigor do frio, deixarmos de lutar ou de avançar na fé, terminaremos com resultados incompletos. A chave para a nossa vitória encontra-se na intensidade e na paixão com que nos desafiamos no inverno, na sabedoria que manifestamos nesse período, e em quão significativamente vivemos cada dia com a convicção de que a primavera chegará sem falta.

Ter fé é avançar tanto na primavera como no inverno

Ter fé no Sutra de Lótus significa avançar pelo caminho do inverno de adversidades. Quando enfrentamos a árdua tarefa de transformar nosso carma, podemos celebrar a chegada da primavera e edificar a boa sorte e a felicidade em nossa vida. Não nos esquivemos, portanto, do rigor do inverno. Se tivermos a coragem de enfrentar os desafios do frio, poderemos avançar ilimitadamente rumo à esplêndida primavera que é a consecução do estado de Buda e do Kossen-rufu.

O presidente Ikeda nos orienta para repetirmos constantemente a ação de transformar o “inverno em primavera”, pois o ato de lamentar está fortemente enraizado em nossa vida de mortal comum.

Por meio dos constantes esforços para transformar o inverno em primavera, somos capazes de elevar a condição de vida de mortal comum em direção a uma vida baseada na sabedoria do Buda.

O fundamental é que nosso avanço se baseie na recitação de Daimoku, tanto em momentos de sofrimento como nos de alegria. Se agirmos assim em tempos de dificuldade, encontraremos a sabedoria necessária para transformar o veneno em remédio, e nos momentos felizes, avançaremos com otimismo e esperança ainda maiores.

Escrito por BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 1996

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bom amigo (Zentishiki) e mau amigo (Akutishiki)

consciencia Os termos Zentishiki e Akutishiki indicam dois tipos de pessoas que exercem influência positiva ou negativa em
nossa prática budista, literalmente, significam, respectivamente, “conhecimento benéfico” e “conhecimento maléfico”.
Em outras palavras, o indivíduo que traz um “conhecimento benéfico”, conduzindo o outro à prática correta do
budismo, é considerado “bom amigo”, que lhe possibilita acumular boa sorte e o conduz à felicidade absoluta. Em
contrapartida, a pessoa que conduz a outra para um caminho negativo, desviando-a da prática, representa um “conhecimento
maléfico”, ou “mau amigo”. Este ilude os outros com falsas doutrinas e obstrui a prática budista. Normalmente,
aproxima-se das pessoas fingindo ser amigo com a intenção de desviá-las da prática budista e de fazêlas
seguir outro ensino. Devido a essa atitude, o Sutra do Nirvana ensina que a pessoa deve temer ser influenciada
por um “mau amigo”.
No escrito “Abertura dos Olhos”, Nitiren Daishonin descreve as conseqüências de seguir os “maus amigos”: “Dentre
aqueles que receberam as sementes da iluminação no remoto passado e os que as receberam dos filhos do
Buda Excelência da Grande Sabedoria Universal, muitos desistiram das sementes e, por terem seguido más companhias
(“maus amigos”), sofreram, respectivamente, no inferno durante longos períodos de kalpa tão inumeráveis
quanto as partículas de pó de sistemas de grandes mundos”. (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. IV, págs. 200-
201.)
Em relação ao “bom amigo”, o capítulo “Os Feitos Anteriores do Rei Adorno Maravilhoso” do Sutra de Lótus descreve
os dois irmãos, Repositório Puro e Visão Pura, como bons amigos de seu pai, o Rei Adorno Maravilhoso, por
terem-no convertido ao budismo. Esse capítulo define um “bom amigo” como a causa e a circunstância positivas
por meio das quais a pessoa é direcionada e conduzida, capacitando-a a ver o Buda e a manifestar o desejo pela
suprema e perfeita iluminação. Um “bom amigo” é também interpretado como um “bom mestre”, pois essa pessoa
ensina aos outros o correto ensino.
Com certeza, estas citações dos escritos budistas milenares mencionando a existência do “bom amigo” e do “mau
amigo” são, na verdade, alertas para os praticantes do budismo da época atual quanto às influências positivas ou
negativas em nossa prática da fé. Em qualquer época, é importante que saibamos discernir corretamente as influências
que tentam interferir negativamente ou fortalecer nossa prática do Budismo de Nitiren Daishonin para, assim,
jamais sairmos do caminho da felicidade absoluta.

No escrito “Três Mestres Tripitaka Oram por Chuva”, Nitiren Daishonin afirma: “Quando se transplanta uma árvore,
mesmo que soprem ventos violentos, ela não tombará se tiver uma firme estaca para mantê-la em pé. Porém,
mesmo uma árvore que cresceu em um lugar adequado pode cair caso suas raízes sejam fracas. Uma pessoa fraca
não sucumbirá se aqueles que a apóiam forem fortes, mas uma pessoa de considerável força, quando só, poderá
tropeçar num terreno irregular. (...) Portanto, o melhor modo de atingir o estado de Buda é encontrar um zentishiki,
ou bom amigo. Até onde a sabedoria de uma pessoa pode levá-la? Se a pessoa possui sabedoria suficiente
pelo menos para distinguir o quente do frio, deve procurar um bom amigo”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol.
VI, pág. 167.)
A analogia apresentada por Nitiren Daishonin neste trecho do escrito aplica-se perfeitamente à vida de um praticante
budista. Mesmo uma pessoa fraca pode se tornar forte quando possui um bom amigo, um apoio que a estimule
a vencer. Como membros da BSGI, temos a grande boa sorte de estarmos cercados por pessoas que nos
encorajam e nos conduzem constantemente à prática nos momentos de dificuldade, tais como doença, acidentes
ou outros sofrimentos da vida. Pode ser difícil manter a prática por si só, especialmente ao enfrentar as dificuldades.
Por isso, uma boa influência que direcione a pessoa à recitação de Daimoku é fundamental. Nesse sentido,
devemos sempre valorizar os “bons amigos” que nos circundam e que nos incentivam a dar continuidade na prática
da fé.
Na seqüência do escrito citado anteriormente, Daishonin afirma: “Con-tudo, encontrar um bom amigo é algo muito
difícil. Assim, o Buda comparou esse feito à raridade de uma tartaruga de um olho só achar um tronco flutuante de
sândalo com uma cavidade com tamanho certo para comportá-la, ou à dificuldade de se tentar puxar uma linha do
Céu Brahma e passá-la pelo orifício de uma agulha na terra. Além do mais, nestes maléficos Últimos Dias, os
maus companheiros são mais numerosos do que as partículas de pó que compõem a terra, ao passo que a quantidade
de bons amigos é menor do que a de grãos de pó que se consegue amontoar sobre a unha de um dos dedos
da mão”. (Ibidem.)
Sob um outro ponto de vista, o “bom amigo” também pode ser aquele que nos persegue, conforme o Buda Sakyamuni
descreveu no capítulo “Devadatta” do Sutra de Lótus. Ele afirma que Devadatta, seu eterno inimigo, seria
como um “bom amigo” porque, em uma existência prévia, ele o instruiu sobre o Sutra de Lótus. Em seus escritos,
Daishonin também se refere aos inimigos como “bons amigos”, por conduzir as pessoas a fortalecer sua fé e a
persistir na prática budista.(Brasil Seikyo, edição nº 1861, 30/09/2006, página A7.)