segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Um visionário à frente de seu tempo

Um visionário à frente de seu tempo De como um jovem sem futuro construiu uma sólida base para a paz no mundo Em algum momento da década de 1950, um jovem e seu mestre passavam diante de um vasto campo com um suave e belo morro ao centro. Ambos viajavam pelo interior do Japão, em sua jornada incansável pela propagação da filosofia humanística da Soka Gakkai. “Este é um lugar perfeito para a construção de uma escola!”, afirmou o mestre. Cerca de 20 anos depois, em 1971, era inaugurada a Universidade Soka, na então longínqua e distante cidade de Hatioji, local que fora apontada pelo mestre Jossei Toda a seu discípulo Daisaku Ikeda. ***** “Mãe, o que é a morte?”, pergunta o garoto de 7 anos. Tal pergunta encheu d’água os olhos de sua mãe. O pequeno vivia uma de suas crises de bronquite, doença que lhe rendia dolorosos e constantes episódios em que precisava de cuidados redobrados. Graças aos cuidados e determinação de sua mãe, a criança cresceu e se tornou um jovem estudioso e perspicaz. A Segunda Guerra Mundial encontrou-o no auge da juventude, em meio a um Japão militarista e iludido por sonhos de grandeza. Mesmo diante do diagnóstico de que não chegaria aos 30 anos, o jovem Daisaku não se esquecera das palavras encorajadoras de sua mãe quando de sua pergunta proferida aos 7 anos: "Veja aquelas flores vermelhas! Dizem que aquela árvore é da espécie que não cresce perto do mar, no entanto, cresceu forte e robusta! O vento forte bate, mas ela floresce e dá frutos! A árvore está tentando sobreviver a todo custo. Querido Dai, você também deve viver e sobreviver como aquele pé de romã! Haja o que houver!" **** Os dois episódios narrados acima têm mais de 20 anos de distância. Ambos demonstram de forma clara o incrível poder emanado pelo indivíduo no momento de sua decisão. O garoto Dai e o jovem Daisaku, em momentos diferentes, decidiram e suas palavras tornaram-se verdades concretas. Aos 84 anos, o hoje dr. Daisaku Ikeda, poeta, filósofo, humanista e presidente da SGI – uma das mais importantes organizações pacifistas do planeta – é um visionário sempre à frente de seu tempo. Agosto marca o início de sua trajetória visionária, pois foi o mês em que abraçou a causa da paz mundial por meio a propagação da filosofia humanística do budismo Nitiren. Daisaku associou-se à Soka Gakkai, a partir da trágica experiência da guerra, onde viu seus quatro irmãos serem enviados aos campos de batalha. A infância pobre e sofrida devido a doença marcou-o de forma decisiva. Percebeu que precisava encontrar uma forma de discernir concretamente entre o caminho das trevas e o caminho da esperança. O ano de 1947 foi decisivo na vida de Ikeda. Aos 19 anos foi convidado a participar de um encontro da Soka Gakkai. O mesmo ideal e calor humano encontrado pelo jovem Daisaku naquela ocasião continua a ser a base das reuniões promovidas pela SGI em todos os países em que tem representação. O clamor de sua vida por um caminho concreto que o levasse à tão almejada paz de forma pragmática e decisiva. Naquele encontro conheceu aquele que se tornaria seu mestre: o professor Jossei Toda. A honestidade e vigor daquele homem tocou seu ser e ele foi alçado a um sentimento há muito adormecido, não só nele mas em todo o seu país: a esperança. Sentiu que encontrara ali sua energia e força. Decidiu que seguiria aquele homem, incondicionalmente. “Senti com todo o meu ser que podia confiar nele!”, escreveu Ikeda em seu diário. Uma significativa sincronicidade marcou este primeiro encontro entre Ikeda e Toda. Ao final do encontro, o jovem Daisaku agradeceu o professor e citou um ditado chinês: "Faz bem pensar mais uma vez, embora concorde; é bom pensar mais uma vez, embora discorde". Em seguida pediu licença para ler um poema que acabara de compor: Ó viajante! De onde vens? E para onde irás? A lua desce No caos da madrugada; Mas, vou andando, Antes de o Sol nascer. À procura de luz. No desejo de varrer As trevas de minh´alma, A grande árvore eu procuro E que nunca se abalou, Na fúria da tempestade. Nesse encontro ideal, Sou eu quem surge da terra! A frase final, “sou eu quem surge da Terra”, remeteu Toda automaticamente a um escrito do budismo que versa sobre os Bodhisatvas da Terra, ou as pessoas que têm a missão de propagar a filosofia humanística para todo o mundo nesta presente era. O poema de Ikeda calou fundo em todos os presentes, mas especialmente em Toda. Ambos – o jovem e o professor – sentiram que aquele fora um encontro de almas! Deste momento em diante, até os momentos finais do mestre Toda, os dois foram inseparáveis. Toda faleceu em 1958. Ambos tiveram pouco mais de uma década de convivência, apenas. Porém, o legado que o mestre lhe deixou, possibilitou que Daisaku alçasse voos inimagináveis! “Sonhei que fui ao México!”, disse Toda a Ikeda, certa vez. Poucos anos depois, em 1960 ao ser empossado como o terceiro presidente da Soka Gakkai, o jovem Ikeda de apenas 33 anos, circundou o globo rumo às Américas para fundar as bases da organização nos EUA, Canadá e Brasil. De poucas centenas de associados em 1960 espalhados por poucos países, hoje são mais de milhões de pessoas em mais de 190 nações. Uma multidão de indivíduos interligados a uma grande rede neural. Como o próprio nome diz: DAI=grande; SAKU=realizador, o empreendedor Daisaku vem liderando o movimento humanista da SGI ininterruptamente como um grande paladino da paz e dos direitos humanos.Matéria retirada da BSGI.

Qual a diferença do Cristianismo e do Budismo

O propósito deste estudo é ampliar o conhecimento dos leitores sobre as semelhanças e dessemelhanças entre estes dois caminhos de espiritualidade: budismo e cristianismo, possibilitando alargar as possibilidades de diálogo e entendimento. Pretende-se também, sem maiores pretensões, contribuir para o grande debate sobre o que é bom para o homem, não só de forma pragmática ou positivista, mas fundamentalmente; não só de maneira filosófica ou abstrata, mas existencial e concreta; não só de forma psicopedagógica, mas num sentido incondicionalmente obrigatório e universal. Neste sentido, a religião não deve ser analisada a partir do critério de verdade que afasta, que separa, que divide. A religião, no contexto atual, deve ser pensada a partir do critério ético geral do humano. Daí não podermos prescindir dos resultados da Psicologia, da Pedagogia, da Filosofia, da Sociologia e da Ciência Jurídica. As diferenças são profundas Do ponto de vista religioso, budismo e cristianismo são, inegavelmente, duas tradições mundiais, completamente diferentes. É impossível alguém ser cristão e, ao mesmo tempo, budista, ou vice-versa. Seria misturar fogo com água. São caminhos de espiritualidade radicalmente diferentes, principalmente quando se tem em mente os paradigmas vigentes do cristianismo. Na sua essência, o cristianismo, juntamente com o judaísmo e o islamismo, são classificados como religiões reveladas: em que Deus fala aos homens. Uma religião revelada é caracterizada pela livre comunicação salvadora que Deus faz de si mesmo ao homem pecador, em Cristo, pela comunicação pessoal e, ao mesmo tempo, comunitária (Igreja). Já o budismo situa-se no grupo das religiões classificadas como salvíficas. São aquelas religiões portadoras dos meios de que o homem precisa para salvar-se dos sofrimentos presentes e conseguir a felicidade. Neste grupo encontram-se, além do budismo, o confucionismo, o taoísmo, o hinduísmo. Estas religiões, como o fizeram Zaratustra, alguns filósofos gregos e profetas judeus, que, espiritualizando e aprofundando o pensamento, abriram caminho a uma religiosidade, ao mesmo tempo pessoal e universal. Seguindo a trilha da pesquisa junguiana O cristianismo, fiel à tradição do pensamento religioso ocidental, considera o homem inteiramente dependente da graça de Deus ou da Igreja, na sua qualidade de instrumento terreno exclusivo da obra da redenção sancionado por Deus. O homem é infinitamente pequeno, um quase nada, enquanto a graça de Deus é tudo. E esta graça vem de fora. Provém de uma outra fonte: Deus. “O homem está sempre em falta diante de Deus”, como dizia Kierkegaard. No cristianismo, o homem procura conciliar os favores de Deus mediante o temor, a penitência, as promessas, a submissão, a auto-humilhação, as boas obras e os louvores. Deus é um totaliter alter, o totalmente outro, absolutamente perfeito e exterior, a única realidade existente. “Se modificarmos um pouco a fórmula e em lugar de Deus colocarmos outra grandeza, como, por exemplo, o mundo, o dinheiro, teremos o quadro completo do homem ocidental zeloso, temente a Deus, piedoso, humilde, empreendedor, cobiçoso, ávido de acumular apaixonada e rapidamente toda a espécie de bens deste mundo tais como riqueza, saúde, conhecimentos, domínio técnico, prosperidade pública, bem-estar, poder político, conquistas etc. Quais são os grandes movimentos propulsores de nossa época? Justamente as tentativas de nos apoderarmos do dinheiro ou dos bens dos outros e de defendermos o que é nosso. A inteligência se ocupa principalmente em inventar ’ismos’ adequados para ocultar seus verdadeiros motivos ou para conquistar o maior número possível de presas.” O budismo, seguindo a tradição oriental, sublinha o fato de que o homem é a única causa eficiente de sua própria evolução superior. Ao contrário do cristianismo, acredita na “auto-redenção”, ou seja, o homem é Buda e se salva por si próprio. O budismo se baseia na realidade psíquica enquanto condição única e fundamental da existência. A psique é o elemento mais importante, é o sopro que tudo penetra, ou seja, a natureza de Buda; é o espírito de Buda, o Uno, o Dharma-kaya. Toda vida jorra da psique e todas as suas diferentes formas de manifestação se reduzem a ela. É a condição psicológica prévia e fundamental que impregna o homem em todas as fases de seu ser, determinando todos os seus pensamentos, ações e sentimentos. Apesar das diferenças, é imperativo o diálogo inter–religioso Não obstante a radicalidade das diferenças, budismo e cristianismo são dois grandes caminhos de salvação que levam ao mesmo fim: a felicidade eterna. São dois caminhos que, muitas vezes, cruzam-se e sempre podem se enriquecer mutuamente. Todos sabem que a relação de fraternidade é o primeiro e mais profundo dos laços existentes entre homens e mulheres, e que por isso a concórdia entre as religiões é condição prévia para a paz entre as nações. E não há concórdia entre as religiões se cada membro de uma religião trilha o seu próprio caminho de forma obstinadamente dogmática, fundamentalista, afirmando que a sua religião é a única verdadeira, que a fé que professa é superior às outras. Budismo e cristianismo, ainda, nas suas diferenças e, consideradas em sua multidimensionalidade e universalidade, carregam imensurável riqueza histórica, filosófica e cultural. São parte e parcela da grande empresa coletiva de construção da sociedade humana. Ambas têm tentado levar os povos, cada uma com seus próprios métodos, a encontrar a distinção fundamentada entre verdadeiro e falso, amor, compaixão e ódio, solidariedade e egoísmo, tolerância e intolerância, moral e imoral, em todos os campos do pensar e do agir humanos. No limiar do terceiro milênio, quem pratica uma religião com esta mentalidade, impregnada deste tipo de sentimento de intolerância, são pessoas desinformadas em relação a outros caminhos e sem compreensão, benevolência e amor para com os outros. A capacidade de diálogo é possibilidade de paz. O primeiro colóquio inter–religioso Abrindo perspectivas para o diálogo entre as grandes tradições religiosas, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu um importante passo, entre 8 e 10 de fevereiro de 1989, quando realizou o que chamou de colóquio inter–religioso entre hinduísmo, confucionismo, budismo, judaísmo, cristianismo, islamismo e religiões da África. O critério fundamental adotado foi o humanum — a dignidade humana, os verdadeiros valores humanos como critério universal, a interação dialética entre religião e humanidade, a possibilidade do consenso inter–religioso. Foram as seguintes as conclusões daquele significativo diálogo: a) A verdadeira humanidade é uma condição prévia da verdadeira religião. Ou seja, o humanum (o respeito pela dignidade humana e pelos seus valores fundamentais) é um requisito mínimo relativamente a qualquer religião; no mínimo, deve existir humanidade (é um critério mínimo), quando se pretende pôr em prática a verdadeira religião. b) A religião verdadeira é a perfeição da verdadeira humanidade. Ou seja: a religião (enquanto expressão de um sentido transcendente, de valores elevados, de uma vinculação incondicional) constitui a condição prévia ideal para a realização do humanum: a religião (trata-se de um critério máximo) tem justamente de estar presente, sempre que se pretender pôr em prática os valores humanos como verdadeira forma de vinculação universal absoluta. Religião e paradigma “Todo esforço é produtivo, quando metódico e continuado!”, canta o excelente Renato Russo. A presente exposição seguirá a perspectiva ontogenético-descritiva, com uma abordagem tópico-temática, visando-se realizar uma rápida análise da atual situação religiosa do budismo e do cristianismo, aplicando-se, como o fez, eficazmente, o filósofo e teólogo Hans Küng, no domínio da História das Religiões, a teoria dos paradigmas desenvolvida por Thomas S. Kuhn, no campo das Ciências Naturais. Na definição de Thomas Kuhn, paradigma é uma “constelação de convicções, valores e técnicas. Uma constelação universal, una, consciente-inconsciente”. Os paradigmas determinam a economia, o direito, a política, a ciência, a arte, a cultura, toda a sociedade. No caso da religião, por exemplo, o budismo primitivo da Índia, o cristianismo medieval, o Budismo Mahayana e suas diversas escolas são paradigmas. Para tornar clara a distinção entre paradigma e religião, eis alguns exemplos: uma pessoa, por exemplo, é adepta do BudismoTibetano e converte-se ao Budismo de Nitiren Daishonin. Neste caso, essa pessoa mudou de paradigma, não de religião. Outra, era católica e converteu-se à Igreja Evangélica Luterana, também não mudou de religião, apenas de paradigma. Outra, ainda, era membro da Igreja Presbiteriana e converteu-se ao Budismo de Nitiren Daishonin. Neste caso, mudou de religião. Matéria retirada do link Estado de Buda.

Caminho direto pra atingir o Estado de Buda

Superar grandes obstáculos é a chave para transformar o carma O ferro, quando aquecido e forjado, torna-se uma excelente espada. As pessoas de valor e os sábios e os honoráveis são testados com ofensas. Meu presente exílio não é resultado de nenhum crime secular, mas serve apenas para que eu possa expiar, na presente existência, as graves ofensas que criei no passado e me libertar dos três maus caminhos na próxima (END, v. 5, p. 21). Nesse trecho, Nitiren Daishonin ressalta o ponto-chave da prática budista em termos da transformação do nosso carma. Desenvolver a força interior é o benefício supremo da prática do Budismo de Nitiren Daishonin. Uma vida solidamente forjada assegura nossa felicidade eterna. O Buda Nitiren declara que a provação pela qual passava “não é resultado de nenhum crime secular” (END, v. 5, p. 21). Ele chega a dizer, inclusive, que foi exilado só para que pudesse transformar o carma na presente existência. Praticamos o Budismo para fortalecer e transformar nossa vida. Conforme destaca o escritor russo Mikhail Sholokhov (1905–1984), cada um de nós é “o ferreiro da própria felicidade”. Meus discípulos, sejam fortes como o aço, fortes como espadas temperadas com primor! Ponham-se de pé como verdadeiros sábios e honoráveis! Nitiren Daishonin encoraja de modo vigoroso os discípulos combatentes, como se os sacudisse pelos ombros. “É preciso que transformem o carma!”, “O poder necessário para isso está dentro de vocês!”, “Não fujam das dificuldades! A verdadeira vitória implica triunfar sobre as próprias fraquezas!”, “Os grandes sofrimentos forjam uma magnífica personalidade! Sejam vencedores, persistam por toda a vida!” Matéria retirada do link Estado de Buda.

"Oito Ventos"

Lucro e prejuízo, difamação e fama, elogio e repreensão, sofrimento e alegria são todos impermanentes; portanto, por que deveriam ser causa de satisfação ou de insatisfação? Os Oito Ventos são as oito condições mencionadas nos dois primeiros versos da estrofe acima. O Buda ensinou que tais condições são elementos naturais da vida. Todos passaremos por essas experiências várias vezes em muitas vidas. O Buda também ensinou a não permitir que nenhum desses Oito Ventos nos sopre para fora de curso, a vê-los como condições temporárias, que nos apresentam oportunidades de aprender algo novo. A preocupação desmedida causada por algum desses ventos é sinal de que certamente ainda temos algo a aprender. Se não pararmos para refletir profundamente a respeito dos Oito Ventos, tenderemos a acreditar que o lucro, a fama, o elogio e a alegria são melhores que o prejuízo, a difamação, a repreensão e o sofrimento. Tal propensão é um excelente referencial para ajudar-nos a analisar até que ponto acreditamos ser real a ilusão de termos uma individualidade isolada. A prosperidade abrange todas as formas de lucros e ganhos. Nessa condição, a pessoa busca somente progresso material, profissional ou financeiro, afastando-se da prática budista. “Voltarei a participar das atividades mais assiduamente depois que vencer profissionalmente” ou “minha vida está indo de vento em popa. Não preciso me esforçar tanto na prática.” O declínio significa enfraquecimento e perda. Desmotivadas pelas condições de vida desfavoráveis, as pessoas tendem a perder a energia e a coragem, desviando-se da prática correta. Elas pensam: “Puxa, tenho praticado tanto e minha condição nunca melhora!” ou “Quando tiver melhores condições financeiras participarei mais ativamente das atividades da organização”. A honra é um sentimento que leva o ser humano a procurar merecer e manter a consideração daquele ao seu redor. Porém, a distorção de seu significado pode levar as pessoas a se tornarem arrogantes e autoritárias. Pensar que já sabe o suficiente da prática budista devido aos anos de prática, colocando-se acima de recém- convertidos, é um exemplo desse tipo de conduta. A desgraça é uma condição em que a pessoa perde a credibilidade e o respeito por parte dos outros em decorrência de falhas ou atitudes praticadas pela própria pessoa ou, ainda, por intrigas e difamações de pessoas ao seu redor motivadas por inveja ou rancor. O elogio é o enaltecimento expresso por meio de palavras ou gestos. Contudo, essas manifestações podem se tornar prejudiciais quando as pessoas passam a depender disso, condicionando seu avanço ou sua ação ao reconhecimento dos outros. Quando, por exemplo, não recebem elogios por seus esforços em uma atividade, desanimam em sua prática budista, pensando. “Não vou mais me dedicar, pois as pessoas não reconhecem meu empenho”. A censura é o ato de repreender ou insultar. Há pessoas que, ao serem repreendidas ou orientadas com rigorosidade, acabam desanimando ou se irritando com as outras, afastando-se delas e até da prática budista. “Não gostei de ser repreendido. Não vou mais apoiar esta atividade”, ou “meus familiares que não praticam me criticam por participar das atividades. Não sei o que fazer”. O prazer, nesse contexto, refere-se a qualquer tipo de atividade prazerosa que desvie a pessoa da prática correta. Como, por exemplo: “Agora vai passar aquele programa que eu gosto na televisão. Depois eu faço o Gongyo”, ou “hoje tem reunião na comunidade, mas o pessoal me convidou para jogar bola. Será que vou?” O sofrimento diz respeito à dor física e espiritual que nos leva a desanimar na prática budista e a ter pensamentos como: “Devido a um grave problema de doença em minha família no momento, não tenho condições de praticar”, ou “meus sofrimentos são tão grandes que o budismo não irá solucioná-los”. Matéria retirada do link Estado de Buda.

domingo, 5 de agosto de 2012

Budismo de Nitiren

A pessoa que não pode viver significativamente hoje não o pode esperar levar uma vida brilhante amanhã . Não importando que grandes planos a pessoa possa fazer, se não valorizar cada momento, será o exatamente como muitos castelos no ar. Todas as causas no passado e todos os efeitos no futuro estão condensados dentro do momento presente da vida. Se melhoramos ou não o nosso estado de vida neste momento, determinar se podemos expiar as maldades que causamos desde o infinito passado e se seremos capazes de acumular a boa sorte que permanecer por toda a eternidade. (Daisaku Ikeda).

Como recitar um bom daimoku e um bom gongyo

1) Primeiro de tudo, antes de começar a orar: RELAXE, LIMPE SEU CORAÇÃO. Porém, especialmente: LIMPE SUA MENTE, SUA CABEÇA. É importante ser muito natural. 2) Segundo, quando recitar daimoku você realmente precisa usar os olhos. 3) Concentre-se no Gohonzon. 4) Então escute a sua voz. (Leia mais ...) 5) Concentre-se na parte central do Gohonzon: "Myoho" = místico. Você tem que usar seus olhos. Isto é extremamente importante. Quando você usa seus olhos sua mente pára. Limpe sua mente concentrando-se com seus olhos. Deixe que seus pensamentos descansem, usando seus olhos. Quando você está ocupado pensando o tempo todo, sua mente está absorvendo energia. Isto significa que sua mente está se fortalecendo, porém a essência de sua vida não está mudando porque a energia não está sendo dirigida para ela. O que você deve fazer é olhar para o Gohonzon com poder e deixar que sua mente relaxe... O Gohonzon de sua vida já sabe de sua preocupação e desejos. 6) Mantenha tudo em seu coração. Somente invoque daimoku com seus olhos fixos no Gohonzon. Então, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo se sintonizará com a essência de sua vida. Nam-Myoho-Rengue-Kyo derreterá e dissolverá o carma. Se transformará em fortaleza para que você possa ser suficientemente forte e tenha claridade metal para realizar seus desejos. 7) Dessa forma, você deverá desfrutar do ato de recitar daimoku porque você está sentindo, percebendo a essência de sua vida. Você estará se fundindo com o potencial mais levado de sua vida – representado pelo Gohonzon - sua natureza de Buda. 8) Quando você está pensando em estratégia você não estará elevando seu estado de vida. Imaginação positiva é uma coisa mas estratégias não o são. 9) Quer dizer se você está tratando de imaginar COMO ou DE QUE FORMA, não vai realizar seus desejos, você estará utilizando de estratégias. O correto é imaginar seus desejos JÁ REALIZADOS... 10) As orações devem vir do coração! 11) O Gohonzon (nossa própria vida) conhece nossos desejos e preocupações. Mantenha seus desejos e preocupações em seu coração, concentre-se no Gohonzon e simplesmente recite daimoku. 12) Se você puder simplesmente fazer um daimoku e um bom Gongyo, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo se fortalecerá, se aprofundará, se expandirá, dissolverá o carma difícil e desenvolverá resultados positivos. 13) Portanto, o daimoku deverá vir da essência de nossa vida. Quando você cerra seus olhos e evita olhar para o Gohonzon, o poder para fusionar o centro de sua vida com o Gohonzon se debilita e a mente "joga" com você. Recitemos o daimoku claramente, confortavelmente, confiantemente. Não leia enquanto recita daimoku! Não faça nada enquanto recita daimoku! Apenas recite daimoku! Quando você ler, LEIA. Quando recitar daimoku, RECITE DAIMOKU. Depois de um bom daimoku, você pode ler, ou sua agenda pessoal pode requerer que você saia rapidamente para trabalhar, ou fazer as coisas que necessita. 14) Você pode ter uma vida muito ocupada, mas tenha um daimoku ocupado! Não esteja ocupado enquanto recitar daimoku – CONCENTRE-SE! 15) Por meio de um daimoku concentrado, pode-se derreter qualquer tipo de carma negativo. Recite daimoku; é o momento de cultivar nossa vida, não de pensar acerca de estratégias para solucionar nossos problemas. Recitar daimoku é o momento de enriquecer nossa natureza de Buda e quando enriquecermos nossa natureza de Buda também enriqueceremos nossa sabedoria para saber resolver nossos problemas. Em minha mente: Imaginação positiva. Em meu coração: Oração profunda. Em minha boca: Daimoku claro.Matéria retirada do link Estado de Buda.

sábado, 4 de agosto de 2012

Budistas acreditam em Deus???

Geralmente, tudo que é diferente ao que as pessoas estão acostumadas é, a princípio, rejeitado ou visto com negatividade. O presidente Makiguti dizia: “Não julgue o desconhecido.” É isso o que acontece com o budismo. Devido o Brasil ter sua cultura arraigada na tradição cristã, o budismo, desconhecido pela maioria, é visto com reservas e muitas pessoas pensam que, por não falar em Deus, conforme a concepção que têm, não é uma religião correta, muito menos deve ser seguida. Outro fator que ajuda a complicar é que, por existir muitas ramificações do budismo, os não-budistas acreditam que todos os tipos de budismo são iguais. Normalmente, os meios de comunicação fazem essa confusão, como aconteceu recentemente com uma revista de circulação nacional. (continua...) Algumas vezes, quando iniciamos um Chakubuku, de início somos questionados da seguinte forma: “Vocês acreditam em Deus?” Muitos de nós já viveram essa experiência, e por mais que tentemos explicar, a maioria das pessoas diz: “Mas eu não quero deixar o meu Deus!” Por isso, hoje, abordaremos esse ponto. Inicialmente, é bom esclarecermos que Buda não é Deus. A palavra “buda” significa “o iluminado”. Ou seja, um Buda é aquele que se iluminou para a verdade da vida. “Ismo”, de budismo, é um sufixo que significa “doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político ou religioso.” Cristianismo refere-se aos ensinos de Cristo e budismo, aos ensinos de Buda. Segundo Bryan Wilson, uma das maiores autoridades em religião do Ocidente, o sentimento religioso surge para explicar o inexplicável — os fenômenos da natureza, que para as pessoas não têm uma explicação racional. Assim, para o cristão, o “inexplicável”, ou os fenômenos do universo, é atribuído a Deus, que vive no céu e dita as regras da Terra. Ele criou todo o universo, o homem, o sol, a lua, as estrelas, as plantas, os animais etc. e possui imensa benevolência e compaixão pela humanidade. No entanto, as pessoas colocam Deus em dois extremos: por um lado Ele possui um amor incondicional para com as pessoas, por outro é um severo punidor e o sofrimento das pessoas é desígnio de Deus. Tanto é que todos conhecem as famosas frases: “Deus quis assim!”; “Esse é o destino que Deus me deu!” entre outros. Nos ensinamentos budistas, os fenômenos são atribuídos a uma Lei que rege o universo. Essa Lei é denominada Nam-myoho-rengue-kyo. Vamos abrir um parênteses aqui para explicar que Gohonzon também não é Deus. O Gohonzon é nosso objeto de devoção, diante do qual conseguimos concentrar nosso pensamento nessa Lei universal e fazer com que ela se manifeste profundamente em nossa vida. Muitas vezes, por termos sido criados numa sociedade cristã em que aprendemos a atribuir tudo a Deus, acabamos nos expressando da seguinte forma: “Se o Gohonzon quiser!”, “Graças ao Gohonzon!”, “Vá com o Gohonzon!” e “Jogue nas mãos do Gohonzon”. Para nós, budistas, o ser humano possui um grande potencial por si só, pois ele faz parte do universo. Todas as suas conquistas estão arraigadas em sua determinação, esforço e sabedoria associados à fé na Lei Mística. Não existe alguém determinando sua condição de vida de felicidade ou sofrimento. Segundo os ensinamentos budistas, tudo na vida é regido pela lei de causa e efeito existente no universo. Os sofrimentos e a felicidade existem na vida de cada pessoa e se manifestarão de acordo com a força positiva ou negativa que cada um carrega. Se a força negativa for mais poderosa — força essa criada pelas causas negativas acumuladas — a pessoa sofre. Do contrário, se a positiva for mais forte — gerada pelas causas positivas feitas pela própria pessoa —, ela é feliz. A Lei que rege o universo não é punitiva. Ela é justa, rigorosa e benevolente, pois cada pessoa colhe o que plantou. O importante em cada religião é o respeito mútuo. Desconsiderar a existência de Deus para um cristão por sermos budistas é desrespeitar a pessoa e sua fé. Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda escreveu: “Para criar uma era de paz é necessário e imprescindível o diálogo entre os religiosos... É preciso iniciar o diálogo entre budistas e cristãos, budistas e judeus, budistas e islamitas. Mesmo que as convicções religiosas sejam diferentes, creio que todos acalentam o ideal comum de paz e felicidade da humanidade... Eu penso que as religiões, em vez de guerrearem entre si, deveriam disputar a corrida para o bem... uma disputa entre as religiões no contexto do que estão fazendo para o bem da paz, para o bem da humanidade. É uma corrida humanitária... que conduz tanto a si como os outros para a felicidade. Isto pode ser disputado de várias formas. Por exemplo, na criação de excelentes valores humanos que contribuam para a paz do mundo ou na promoção de movimentos que proporcionem coragem e esperança para as pessoas.” (Vol. 5, págs. 87–88.) Com base nesses pontos, vamos estudar o budismo para que possamos defender nossa fé convictamente, sem, no entanto, desrespeitar a fé dos outros. Texto retirado do link Estado de Buda.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Benefícios materias com a prática do daimoku.

Nitiren Daishonin afirma: “O caractere ku [do termo kudoku, ou benefício], significa eliminar a maldade, ao passo que o caractere doku significa produzir o bem”. (Gosho Zenshu, pág. 762.) No Budismo Nitiren, benefício significa produzir o bem, vencendo o mal, ou livrar-se da escuridão fundamental da vida e fazer surgir o bem. Pode-se entender negativamente essa concepção, considerando que os sofrimentos nunca acabam. (continua...) Para com preender corretamente, temos o exemplo do pião que gira impulsionado por uma corda. Quanto maior a força e a velocidade com que o pião gira, mais firme e estável ele fica. Ou seja, quanto mais ele luta contra o desequilíbrio e a gravidade, mais equilibrado e ereto fica. Parece até que está parado, de tão estável, mas na verdade está girando com toda a intensidade contra a instabilidade. Assim é o kudoku. Quanto mais luta contra os sofrimentos, mais forte e inabalável fica. Do contrário, se pensarmos “já lutei o suficiente, vou tirar umas férias ou vou me aposentar...”, vamos diminuir o ritmo. Como o pião, girar devagar o leva a balançar cada vez mais, pois de maneira lenta não consegue mais a estabilidade, levando, por fim, à queda. Na prática budista, para manifestar o benefício é preciso realizar Chakubuku, ou a propagação do ensino de Daishonin. Isso significa refutar as crenças errôneas que causam o sofrimento, fazendo com que as pessoas vivam com base na Lei Mística. O Chakubuku é a ação para “destruir a maldade e fazer com que surja o bem”. Ao realizar essa prática pelas outras pessoas, também se manifesta o mesmo efeito na vida. Destruir a maldade é purificar. Alguns interpretam “benefício” de forma errada, considerando-o como uma referência à preocupação com os bens materiais, e com base nisso menosprezam o budismo, tratando-o como uma religião inferior. Mas a doutrina budista do benefício é um ensino que tem a ver essencialmente com a purificação e a transformação da própria vida. Conceitos tais como “benefício” e “punição” não são exclusivos da religião. A vida de todas as pessoas é, de certa forma, uma sucessão de exemplos de benefício e punição, valor e anti-valor, ou de lucro e perda. Nos negócios, as vendas significam lucro ou ganho. Mas se os bens forem vendidos a um preço muito baixo, o negócio acaba em prejuízo. Quando um pintor concretiza o desejo subjetivo de realizar uma maravilhosa obra-prima (ou seja, de criar o valor do belo), ocorre uma fusão do sujeito com o objeto, dando à pessoa um sentimento de felicidade. E quando a pintura é comprada, o lucro é concretizado. Sentimo-nos felizes quando conseguimos criar valor. O propósito do Sutra de Lótus é nos capacitar a desenvolver em nosso mundo interior, ou subjetivo, a grande força vital para criarmos valor independentemente das circunstâncias que encontrarmos em nosso mundo exterior, ou objetivo. É isso o que chamamos de fazer a revolução humana. Isto é “benefício”. Texto retirado do link Estado de Buda.

Como transformar o negativo em positivo

O budismo ensina você a utilizar todas as circunstâncias como matéria-prima para a felicidade absoluta. O objetivo da prática do Budismo Nitiren é a transformação da própria vida, ou seja, mudar de maneira efetiva a realidade: transformar o negativo em positivo. E tudo começa com a revolução humana pessoal. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é a ferramenta perfeita para essa revolução Por que transformar o negativo em positivo? Para alguém imerso no sofrimento e na angústia, é quase impossível por si só conseguir esperança ou motivação para seguir em frente. O Buda Nitiren Daishonin percebeu que as pessoas podem transformar a vida caso tenham o poder de fazer algo positivo a partir do negativo. Em outras palavras, é transformar o veneno em remédio e fazer com que os desejos mundanos conduzam à iluminação. Matéria-prima da felicidade O mundo é abundante em coisas negativas (pessoas, pensamentos, sensações, circunstâncias etc). Então, use-as como matéria-prima para a revolução humana! Ao invés de lutar e se debater inutilmente contra as situações negativas que geralmente inundam e atrapalham a felicidade, passe a fazer com que o negativo seja o combustível para a felicidade. No mundo atual (mundo Saha), a felicidade tende a não ser completa devido a uma avalanche de negatividade presente no cotidiano. Tentar reverter isso sem mudar a raiz da vida, é como nadar contra a maré e fica quase impossível desfrurtar do resultado de nossos esforços nesta existência. Afinal, queremos ser felizes agora. Postura correta A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, aliada a uma postura mental correta, faz toda e qualquer circunstância negativa ser transformada imediatamente em positiva. Neste caso, a alegria nasce em meio à realidade em que se vive, aqui e agora. Tudo passa a ser motivo de alegria: esse é o benefício da iluminação. Não é conformismo?! Não, de forma alguma! A atitude mental descrita anteriormente é a postura de assumir as rédeas da vida, enfrentar e transformar os sofrimentos pela raiz e de uma só vez. Isso porque vamos transformar a causa fundamental do sofrimento. A maravilha de recitar o Daimoku está exatamente em fazer daquilo que seria a causa de uma intensa angústia, o combustível para uma grande sensação de alegria, plenitude e satisfação. Nitiren afirma: “É como aquele que cai ao solo, e levanta-se do mesmo solo outra vez.” (END, vol. I, pág. 424) Então, o que é iluminação? “A iluminação não é algo fora do comum. Por possuirmos desejos mundanos, podemos sentir satisfação. E quando estamos satisfeitos, conseguimos sentir felicidade. Despertar todas as manhãs com a sensação de bem-estar físico, ter um bom apetite, desfrutar o que fazemos diariamente, não sentir angústia ou aflição... Viver desse modo é iluminação. Não é nada excepcional.” (Terceira Civilização, edição no 480, agosto de 2008, pág. 48). A angústia dos desejos não realizados O mundo em que vivemos é a terra da felicidade incompleta, dos desejos não realizados. Acaba sendo normal sentir angústia por não conseguir o que se quer. Mas a prática do budismo muda a maneira de encarar esses desejos: “Os desejos mundanos sofrem uma mudança qualitativa: deixam de ser ‘desejos mundanos que causam angústia’ e passam a ser ‘desejos mundanos transformados em iluminação’. O que torna possível essa mudança substancial é o poder do Nam-myoho-rengue-kyo.” (Ibidem.) Atitude no momento da oração A recitação do Daimoku é um momento solene. Portanto, prepare-se para recitar e não apenas solte palavras ao vento. Como se preparar para a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo? Enchendo-se de coragem e da certeza de que sua oração será, sem falta, respondida. O presidente Ikeda explica: “É essencial que tenhamos uma atitude mental ou o pensamento firmemente concentrado quando recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo. [...] Nossas orações somente podem ser concretizadas quando convertemos desejos vagos e difusos em determinações concretas e recitamos Daimoku com a convicção de que, sem falta, atingiremos aquilo que almejamos”. (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, explanação de Daisaku Ikeda, pág. 44.) A mudança fundamental O efeito benéfico e poderoso do Daimoku é minimizado quando não se crê que você é a chave da mudança. “Se recitamos Daimoku, mas sempre culpamos outras pessoas ou as circunstâncias, estamos evitando o desafio de enfrentar nossa própria ignorância ou escuridão. Ou seja, estamos buscando a iluminação fora de nós mesmos. Ao mudarmos a nós próprios num nível fundamental, começamos a melhorar nossa situação.” (Ibidem.) Prática acessível A chave é não hesitar: acredite sinceramente na sua capacidade de mudança, sente-se diante do Gohonzon com paixão e recite abundantemente o Nam-myoho-rengue-kyo. Energia vital Quando enfrentamos algum problema ou sofrimento e ativamos a sabedoria que nos permite solucioná-lo, muitas vezes, sem perceber, experimentamos um estado de imensa alegria. Uma poderosa energia vital transborda e avaliamos tudo o que está acontecendo de uma perspectiva mais elevada — toda circunstância acaba sendo um benefício. Em qualquer que seja a situação, uma pessoa com esse estado de vida fará sua transformação em todos os aspectos. Desejos Mundanos são iluminação Desejos mundanos é algo comum a todos. A ideia de se iluminar a partir desses desejos permite que qualquer pessoa esteja habilitada a recitar o Nam-myoho-rengue-kyo e obter resultados. Por isso, é uma prática que funciona. A grande felicidade Vamos imaginar que queremos acender uma fogueira. Nossa lenha são os desejos mundanos e a luz produzida pela chama da felicidade penetra e ilumina toda a nossa vida. Por meio do Daimoku, nós queimamos a lenha de nossos desejos, convertendo-os em luz que iluminará nossa realidade. Portanto, quanto maior os problemas, maior será a felicidade. O maior sofrimento torna-se a maior alegria “O maravilhoso da fé no Budismo Nitiren é a sua capacidade de transformar o maior sofrimento da vida de uma pessoa na sua maior felicidade, e de tornar os problemas mais difíceis em fontes de crescimento e em uma base para a grandiosidade humana.” (Juventude — Sonhos e Esperanças, vol. 2, pág. 132.) Retirado do link Estado de Buda.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ciência, Nam-Myoho-rengue-kyo, Gohonzon

É uma resposta da Maria Notoya à pergunta: "Poderia explicar cientificamente o efeito produzido sobre uma pessoa quando recita o Nam-Myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon?"
"Antes de mais nada, recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon é uma "conversação" entre a energia que existe intrinsecamente na vida do universo e na do homem; um fenômeno de interação entre a vida individual e a vida universal. A compreensão da vida humana não é total no estágio atual da ciência mas, se esta se desenvolver de maneira notável poderá explicar parcial e teoricamente o fenômeno "vida". Neste plano, há o que se chama de ritmo biológico: todos os seres vivos tem um ritmo constante que lhes é próprio e que se harmoniza com o da natureza.
Em sua obra intitulada Argumento Geral sobre a Medicina, o Dr. Sawagata, da Universidade de Osaka, diz: "Cada um possui em si sua própria vida, que é por conseguinte a razão de ser de sua individualidade. Em outras palavras, a vida parece uma onda que é parte integrante do imenso oceano da vida universal... Diz-se que é preciso dar a força da vida à cada homem, mas isso deve despertar nele a consciência da existência desta grande vida da qual cada vida é um elemento."

Esta frase explica que cada ser vivo possui um ritmo constante e próprio harmonizando-se com o da natureza.
O aspecto real da vida humana é de um lado, possuir a unidade interior animada por este ritmo biológico que se pode qualificar de "força motriz" e, de outro lado, desdobrar uma força ativa com respeito ao mundo exterior. Quando se busca em profundidade a razão de ser da vida e a fonte original da energia vital, pode-se chegar à concepção da vida do Universo. Eis o que é a filosofia da Lei Budista.


Por outro lado, a energia-vital, que brota da fonte original e criadora da vida do universo, possuiu sempre a força motriz e a força da ação. Estas duas forças são capazes forte e rapidamente, de ampliar o ritmo da vida ao nível do universo; seguramente, no Gohonzon, esconde-se a energia fundamental da vida que enche este universo. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é o meio de prática a fim de provocar uma ligação com o Gohonzon, em nível de ação humana. E é por isso que quando se pratica diante do Gohonzon empenhando todo o ser, a corrente da vida original do universo penetra na vida humana, fortificando a força motriz e a força da ação que aí existem intrinsecamente, dando-lhes o carácter de forças positivas. Por assim dizer, a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo tem por finalidade captar a energia original da vida do universo instaurando firmemente o ritmo da Lei Mística na vida humana. Em consequência, fortificando estas duas forças, uma boa saúde poderá ser adquirida graças à harmonia física do corpo adaptando-se bem ao ritmo da natureza.

Por outro lado, no domínio espiritual, poder-se-á manter um discernimento perfeitamente rigoroso e um raciocínio claro. Segundo a experiência médica, é possível por exemplo, pela audição contínua de um certo som, provocar a mudança do PH no sangue, acarretando assim uma modificação favorável ou desfavorável no corpo. Portanto, pela recitação do Daimoku, e graças ao seu ritmo harmonioso, pode-se favoravelmente manter o sangue a um grau de PH que convenha à vida.

Os músicos dizem que o Daimoku possui o compasso a 6/8, considerado um dos mais agradáveis. Pode-se dizer que o ritmo de Daimoku é, de modo notável, ao mesmo tempo o ritmo da natureza e o ritmo da vida humana.



Por outro lado, sobressai do estudo da psicossomática que o corpo e o espírito associam-se estreita e mutuamente. Numerosas experiências provem a possibilidade de se obter a felicidade através da força vital fortificada, no domínio físico e espiritual, pela recitação do Daimoku.

Se consideramos como "científica" a lei da causalidade, não se poderia dizer que a recitação do Daimoku dá formalmente a prova real, quaisquer que sejam as épocas, o lugar e a raça? E também que Nam-myoho-rengue-kyo inscrito por Nitiren Daishonin é uma lei: a mais científica das leis?

Fonte: Texto publicado no grupo do Facebook "Budismo de Nitiren Daishonin" por Maria Notoya, redigitado a partir do artigo publicado na Revista Terceira Civilização - década de 80." retirado do link Buda na Web.